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30 de nov. de 2012

CONSUMO versus CONSUMISMO - Zygmunt Bauman


Tentamos achar nas coisas, que por isso nos são preciosas, o reflexo que nossa Alma projetou sobre elas.” Marcel Proust
Consumimos! Desde a aurora de nossa existência, rotineira e ininterruptamente, da hora em acordamos ao momento em que vamos dormir, antes mesmo do nascimento e até após a morte, consumimos.

Mas, uma coisa é o consumo de bens necessários e até indispensáveis à vida e ao bem estar (morar, comer, beber, dormir, saúde, estudos, lazeres... prazeres!); Outra é o consumismo.

Desenfreado, o consumismo excede a necessidade, culminando na profusão de mercadorias, na ostentação do luxo e num portentoso descarte de lixo.

Analisar o fenômeno do consumismo é fundamental para que possamos compreender um aspecto funesto e nevrálgico da sociedade em que vivemos.

Da obra do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, “Vida Para Consumo – A transformação das pessoas em mercadoria” trazemos uma breve reflexão sobre o Capítulo intitulado “Consumo versus Consumismo”.

Segundo o autor, o fenômeno do consumo “tem raízes tão antigas quanto os seres vivos (...) é parte permanente e integral de todas as formas de vida (...)”.

Mas, enquanto o consumo constitui uma característica e ocupação de todos os seres humanos enquanto indivíduos, o consumismo, alerta o estudioso, é um atributo da sociedade.

Não precisamos de uma lupa superpoderosa para observar que, nos últimos séculos, galopando cada vez mais em mega escala, rumamos a um consumismo vertiginosamente apoteótico: de uma natural necessidade de segurança, conforto e, até sobrevivência mesmo, o que justifica o consumo, ao abismo propulsionado do vício do consumismo.

Governado por nossas ‘vontades’, o consumismo se tornou o propósito de nossa existência quando nossa capacidade de ‘querer’, ‘desejar’, ‘ansiar por’, passou a sustentar a economia (oikós = casa + nomós = norma) mediando o convívio humano.

Bauman afirma que o ‘consumismo’ é um tipo de arranjo social resultante da reciclagem de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros (neutros quanto ao regime), transformando-os [e transmutando-os] na principal força propulsora e operativa da sociedade.

O ‘consumismo’ chega, diz ele, quando o consumo assume o papel-chave que na sociedade de produtores era exercido pelo trabalho.

Passa a ser central quando “a capacidade profundamente individual de querer, desejar e almejar deve ser, tal como a capacidade de trabalho na sociedade de produtores, destacada [‘alienada’, o termo aqui empregado não em conotação pejorativa] dos indivíduos e reciclada/reificada numa força externa que coloca a ‘sociedade de consumidores’ em movimento e a mantém em curso como uma forma específica de convívio humano, enquanto ao mesmo tempo estabelece parâmetros específicos para as estratégias individuais de vida que são eficazes e manipula as probabilidades de escolha e conduta individuais”.

Ou seja, o coletivo mais que se sobrepõe: dita o modus vivendi/modus operandi do indivíduo que se afoga, ‘engolfado’ pelo ‘Todo’.

A revolução consumista, diz o sociólogo, é uma questão que exige investigação mais atenta, diz respeito ao que ‘queremos’, ‘desejamos’ e ‘almejamos’, e como as substâncias de nossas vontades, desejos e anseios estão mudando no curso e em consequência na passagem ao consumismo.

Equivocadamente, pensamos que os consumistas se empenham pela apropriação e acumulação de objetos pelo conforto e/ou respeito que outorgam a seus donos, mas, embora essa possa ser a principal motivação, na verdade, foi “um tipo de sociedade comprometida com a causa da segurança estável e da estabilidade segura, que baseia seus padrões de reprodução a longo prazo em comportamentos individuais criados para seguir essas motivações” que serviu de esteio para alicerçar a pedra fundamental do consumismo.

Àquela em que Bauman nomeia fase “sólida da modernidade” foi basicamente orientada para a segurança e, norteada por esse anseio, “apostou no desejo humano de um ambiente confiável, ordenado, regular, transparente e, como prova disso, duradouro, resistente ao tempo e seguro...”.

Lícito, sem dúvida, todo esse afã constituiu a matéria-prima convincente e “bastante conveniente para que fossem construídos os tipos de estratégias de vida e padrões comportamentais indispensáveis para atender à era do ‘tamanho é poder’ e do ‘grande é lindo’: uma era de fábricas e exércitos de massa, de regras obrigatórias e conformidade às mesmas, assim como de estratégias burocráticas e panópticas de dominação que, em seu esforço para evocar disciplina e subordinação basearam-se na padronização e rotinização do comportamento individual (...)”.

Assim, afirma o renomado sociólogo, foi-nos incutido que a posse de um grande volume de bens garantiria uma existência segura, imune aos caprichos do destino: “Sendo a segurança a longo prazo o principal propósito e o maior valor, os bens adquiridos não se destinavam ao consumo imediato – pelo contrário, deviam ser protegidos da depreciação ou dispersão e permanecer intactos”.

Não era exatamente pelo desfrute imediato que ansiávamos, ao contrário, esse modelo preconizava que se adiasse (quase indefinidamente) a fruição dos bens arduamente conquistados, acumulados e estocados.

No começo do século XX, o ‘consumo ostensivo’, diz ele, portava um significado bem distinto do atual: “consistia na exibição pública de riqueza com ênfase em sua solidez e durabilidade, não em uma demonstração da facilidade com que prazeres imediatos podem ser extraídos de riquezas adquiridas (...)”.

Bens resistentes e preciosos, como joias e palacetes ricamente ornamentados, “Tudo isso fazia sentido na sociedade sólido-moderna de produtores – uma sociedade que apostava na prudência, na durabilidade (...)”.

Mas o desejo humano de segurança e os sonhos de um ‘Estado estável’ definitivo não se ajustam a uma sociedade de consumidores, alerta Zygmunt Bauman: “(...) o consumismo, em aguda oposição às formas de vida precedentes, associa a felicidade não tanto à satisfação de necessidades (...), mas a um volume e uma intensidade de desejos sempre crescentes, o que por sua vez, implica o uso imediato e a rápida substituição dos objetos destinados a satisfazê-la”.

A insaciabilidade – maldição de Tântalo! –, permeia nosso ambiente líquido-moderno, inóspito ao que é estável, à placidez de um ‘Tempo Eterno’.

O pensador Stephen Bertman cunhou os termos ‘cultura agorista’ e ‘cultura apressada’ para denotar a maneira como vivemos atualmente: “O consumismo líquido-moderno é notável, mais do que por qualquer outra coisa, pela (até agora singular) renegociação do significado do tempo”. Ser feliz? Só se for para já!

Nem cíclico, tampouco linear, o tempo agora é pontilhista*: “(...) fragmentado, ou mesmo, pulverizado numa multiplicidade de ‘instantes eternos’ – eventos, incidentes, acidentes, aventuras, episódios –, mônadas contidas em si mesmas, parcelas distintas, cada qual reduzida a um ponto cada vez mais próximo de seu ideal geométrico de não-dimensionalidade”.

Agora, imediatamente. E o motivo da pressa é, em parte, o impulso de adquirir e juntar. Mas o motivo mais premente que torna a pressa de fato imperativa é a necessidade de descartar e substituir, aponta Bauman. Entediante, esse enfadonho ‘viciante círculo vicioso’ gera angústia, melancolia.

Mesmo os que encontram uma real necessidade de algo, “logo tendem a sucumbir às pressões de outros produtos ‘novos e aperfeiçoados’”. Vem-nos à mente a imagem do cão correndo em círculos, a perseguir o próprio rabo.

E, ao “sentir a infinidade da conexão, mas não estar engatado em coisa alguma”, sobrevém sorrateira melancolia, o que Bauman aponta como sendo a aflição genérica do consumidor.

Isso, abordaremos oportunamente. Desejo a todos os distintos amigos leitores, Abençoado Natal e Um Ano Novo repleto de felicidades.


(*) “Fazendo uma analogia com o movimento pontilhista de mestres como Sisley, Signac ou Seurrat, Pissaro ou Utrilo”.



1 de nov. de 2012

O último dia de um condenado - Victor Hugo



A morte só pertence a Deus! Com que direito os homens põem a mão nessa coisa desconhecida?” Victor Hugo, em Os Miseráveis.


Victor Hugo (1802-1885) é considerado o maior escritor francês do séc. XIX. Em 1829, com 27 anos, ele publica o que afirma ser um manifesto contra a pena de morte: “Le Dernier jour d'un condamné”. Mesmo os familiarizados com as tragédias, concordarão que essas linhas guardam os pensamentos mais dilacerantes com os quais já nos deparamos.

Segundo Bénédicte Houart, a grande repercussão dessa obra contribuiu para que Portugal fosse o primeiro país europeu a abolir a pena de morte, em 1876. Victor Hugo se congratulou: “felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa (…). A Europa imitará Portugal. Morte à Morte! (…) A liberdade é uma imensa cidade da qual todos somos concidadãos”.


Não sabemos qual delito o atormentado cometeu, mas entrevemos tratar-se de um homicídio.
Condenado à morte!”.

É com essa dramática sentença que Hugo inicia sua obra para, logo a seguir, nos fazer adentrar a psique do infeliz que, outrora, era um homem cheio de vida: “Cada dia, cada hora, cada minuto trazia consigo uma ideia nova (...). Entretinha-se desenvolvendo-as umas após outras, sem ordem e sem objetivo, bordando com arabescos inesgotáveis esse rude e frágil tecido de vida (...). Podia pensar no que quisesse, era livre.” Tão livre quanto nós.

O relato abarca as seis semanas que antecedem a degola. Atordoado por portentoso sofrimento psíquico, o condenado tenta amenizar o inaceitável absurdo de estar ciente de sua hora, aventando sobre quantos, sem o saber, não morrerão antes dele, quantos não caminham e respiram e, no entanto, passarão à sua frente, para depois reconhecer no funesto, o abominável de sua situação.

Limitado à calamitosa condição de prisioneiro, conversa com os outros detidos, que lhe ensinam a falar o calão (gíria dos ladrões e criminosos): “É uma linguagem [de] (…) palavras estranhas, misteriosas, feias, sórdidas (...)”. Alguns desses termos chulos são falados até hoje. Mas, embora berço e linguagem os distinguisse, a solidariedade o comovia, pois sabia que esses homens eram os únicos que se apiedavam dele.

Imbuído de articular para si mesmo o angustiante tormento que vivencia, escreve suas memórias de condenado, como diz, inacabadas, mas nem por isso incompletas: “Não haverá nesse corpo a corpo do pensamento agonizante, nessa progressão aritmética da dor, nessa espécie de autópsia intelectual de um condenado, mais do que uma lição para aqueles que julgam e condenam? Talvez que a sua leitura lhes torne a mão menos ligeira quando se tratar outra vez de atirar um corpo pensante, uma cabeça humana, para aquilo que eles chamam a balança da justiça?”.

Questiona se os ‘operadores’ da justiça “teriam refletivo sobre essa lenta sucessão de torturas que a expedita formulação de uma condenação à morte encerra”, se teriam meditado haver nesse homem que despedaçam “(...) uma alma que não se preparou para morrer”.

O cérebro do condenado à morte agoniza a cada linha é sua tortura é de magnitude tal, que nos faz invejar a condição dos condenados aos trabalhos forçados na prisão perpétua.

Sabe que deixará a mãe, mulher e filhinha ainda pequena. Admite que esteja a ser punido com justiça, mas ignora o que essas “três viúvas pela lei”, fizeram para merecer tal infortúnio.

Fica indignado com a postura algo vaga, fria e formal com que todos veem aos condenados. Nem mesmo o titular capelão da prisão se exime desse distanciamento: “Mas o que me diz esse ancião? Nada de sentido, nada de carinhoso, nada de emocionado, nenhum derrame da alma, nada que se soltasse do seu coração e se dirigisse para o meu, nada que nos tornasse um do outro cúmplices”.

Conclui que esse comportamento deve-se ao fato de já estar acostumado ao que faz estremecer os outros, que já envelheceu a encaminhar homens para a morte e que por isso tudo é mecânico.

Anseia por uma alma sensível, por um padre ‘comum’ que compreenda: “Há um homem que está prestes a morrer, e é preciso que sejais vós a confortá-lo. É preciso que estejais presente quando lhe atarem as mãos, quando lhe cortarem o cabelo; que subais para a carroça com o vosso crucifixo para lhe esconder da vista o carrasco (...); que o abraceis no degrau do cadafalso, e que permaneçais junto dele até que sua cabeça e o seu corpo jazam cada qual para seu lado”.

Victor Hugo nos comove: “Então, que mo tragam, de coração a palpitar, a tremer da cabeça aos pés; que me atirem para os seus braços, que me ponham de joelhos a seus pés; e ele há de chorar, e havemos de chorar ambos, e ele será eloquente, e eu sentir-me-ei reconfortado, e o meu coração, demasiado cheio, esvaziar-se-á no seu, e ele tomará a minha alma em suas mãos, e eu abraçarei o seu Deus”.
 

Durante toda via-crúcis rumo ao cadafalso, não escapa ao aflito nenhum detalhe de tudo o que, pela última vez seus olhos podem enxergar. Ao ouvir os festivos “comerciantes de sangue humano”, ávidos em negociar lugares para o horrendo espetáculo: “Quem quer um lugarzinho? Quem quer um lugarzinho?”, sentiu raiva e teve vontade de gritar-lhes: “E quem quer o meu?”.

Após o término da ‘toilette do condenado’, ao se deparar o clamor da multidão, “um mar de cabeças na praça”, pondera que “Por mais que um rei fosse amado, a festa não seria tão grande”. Tomado de incredulidade, confessa ter sido para esse temido momento que tinha tentando guardar todo o seu sangue-frio.

Estava preparado, mas não estava pronto: “Esta multidão na qual todos me conhecem e eu não conheço ninguém.... É uma sensação insuportável esse peso de tantos olhares sobre nós”.

Ao avançar pelo pátio atulhado da populaça que ria e batia os pés na lama, sentiu-se “violentamente conquistado pelo terror. Receei desfalecer, ó última vaidade! Então, atordoei-me voluntariamente, para estar cego e surdo a tudo, exceto ao padre (...). Ó meu Deus, tende piedade de mim (...)”.

Ao ver um magistrado que acabara de chegar, uniu as mãos e arrastando-se de joelhos, implorou que o agraciasse: “A minha graça! A minha graça! Repeti, ou, por piedade, só mais cinco minutos”.

Em desespero: “Estou sozinho. – Sozinho com dois policiais. Oh! O povo horrível com os seus gritos de hiena! Quem sabe não lhe escaparei? (...) É impossível que não me concedam uma graça! Ah! Miseráveis!”. Pressente... O carrasco sobe a escada.

Mesmo cônscios de que por trás de todo berço existe um túmulo, ignorar o quando de nosso último suspiro constitui indicativo incontestável da benevolência divina.
 


Quando Victor Hugo veio a falecer, em 22 de maio de 1885, cerca de um milhão de pessoas acompanharam seu cortejo fúnebre, em Paris.

Sugiro que assistam ao vídeo sobre a obra: http://vimeo.com/30504904
 
E que realmente desfrutem dessa magnífica obra, preferencialmente ao som de Korsakov:
 
 
 
 
Último "Curso de Mitologia Grecoromana" do ano: dias 22 e 23 de novembro.
 
 
 
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Eis que a Sabedoria reina, mas não governa, por isso, quem pensa (no todo) precisa voltar para a caverna, alertar aos amigos. Nós vamos achar que estais louco, mas sabes que cegos estamos nós, prisioneiros acorrentados à escuridão da caverna.

Abordo "O mito da caverna", de Platão - Livro VII da República.

Eis o télos (do grego: propósito, objetivo) da Filosofia e do filósofo. Agir na cidade. Ação política. Phrônesis na Pólis.

Curso de Mitologia Grega

Curso de Mitologia Grega
As exposições mitológicas explicitam arquétipos (do grego, arché + typein = princípio que serve de modelo) atemporais e universais.

Desse modo, ao antropomorficizarem os deuses, ou seja, dar-lhes características genuinamente humanas, os antigos revelaram os princípios (arché) de sentimentos e conflitos que são inerentes a todo e qualquer mortal.

A necessidade da ordem (kósmos), da harmonia, da temperança (sophrosyne) em contraponto ao caos, à desmedida (hýbris) ou, numa linguagem nietzschiana, o apolíneo versus o dionisíaco, constitui a base de toda antiga pedagogia (Paidéia) tão cara à aristocracia grega (arístois, os melhores, os bem-nascidos posto que "educados").

Com os exponenciais poetas (aedos) Homero (Ilíada e Odisséia), Hesíodo (A Teogonia e O trabalho e os dias), além dos pioneiros tragediógrafos Sófocles e Ésquilo, dispomos de relatos que versam sobre a justiça, o amor, o trabalho, a vaidade, o ódio e a vingança, por exemplo.

O simples fato de conhecermos e atentarmos para as potências (dýnamis) envolvidas na fomentação desses sentimentos, torna-nos mais aptos a deliberar e poder tomar a decisão mais sensata (virtude da prudencia aristotélica) a fim de conduzir nossas vidas, tanto em nossos relacionamentos pessoais como indivíduos, quanto profissionais e sociais, coletivos.

AGIMOS COM MUITO MAIS PRUDÊNCIA E SABEDORIA.

E era justamente isso que os sábios buscavam ensinar, a harmonia para que os seres humanos pudessem se orientar em suas escolhas no mundo, visando atingir a ordem presente nos ideais platônicos de Beleza, Bondade e Justiça.

Estou certa de que a disseminação de conhecimentos tão construtivos contribuirá para a felicidade (eudaimonia) dos amigos, leitores e ouvintes.

Não há dúvida quanto a responsabilidade do Estado, das empresas, de seus dirigentes, bem como da mídia e de cada um de nós, no papel educativo de nosso semelhante.

Ao investir em educação, aprimoramos nossa cultura, contribuimos significativamente para que nossa sociedade se torne mais justa, bondosa e bela. Numa palavra: MAIS HUMANA.

Bem-vindos ao Olimpo amigos!

Escolha: Senhor ou Escravo das Vontades.

A Justiça na Grécia Antiga

A Justiça na Grécia Antiga

Transição do matriarcado para o patriarcado

A Justiça nos primórdios do pensamento ocidental - Grécia Antiga (Arcaica, Clássica e Helenística).

Nessa imagem de Bouguereau, Orestes (Membro da amaldiçoada Família dos Atridas: Tântalo, Pélops, Agamêmnon, Menelau, Clitemnestra, Ifigênia, Helena etc) é perseguido pelas Erínias: Vingança que nasce do sangue dos órgãos genitais de Ouranós (Céu) ceifado por Chronos (o Tempo) a pedido de Gaia (a Terra).

O crime de matricídio será julgado no Areópago de Ares, presidido pela deusa da Sabedoria e Justiça, Palas Athena. Saiba mais sobre o famoso "voto de Minerva": Transição do Matriarcado para o Patriarcado. Acesse clicando AQUI.

Versa sobre as origens de Thêmis (A Justiça Divina), Diké (A Justiça dos Homens), Zeus (Ordenador do Cosmos), Métis (Deusa da presciência), Palas Athena (Deusa da Sabedoria e Justiça), Niké (Vitória), Erínias (Vingança), Éris (Discórdia) e outras divindades ligadas a JUSTIÇA.

A ARETÉ (excelência) do Homem

se completa como Zoologikon e Zoopolitikon: desenvolver pensamento e capacidade de viver em conjunto. (Aristóteles)

Busque sempre a excelência!

Busque sempre a excelência!

TER, vale + que o SER, humano?

As coisas não possuem valor em si; somos nós que, através do nôus, valoramos.

Nôus: poder de intelecção que está na Alma, segundo Platão, após a diânóia, é a instância que se instaura da deliberação e, conforme valores, escolhe. É o reduto da liberdade humana onde um outro "logistikón" se manifesta. O Amor, Eros, esse "daimon mediatore", entre o Divino (Imortal) e o Humano (Mortal) pode e faz a diferença.

Ser "sem nôus", ser "sem amor" (bom daimon) é ser "sem noção".

A Sábia Mestre: Rachel Gazolla

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O Sábio Mestre: Antonio Medina Rodrigues (1940-2013)

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