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1 de out. de 2013

Movimentos filosóficos helenísticos - os estoicos


Nós ignoramos as causas que a razão universal estabelece, mas tudo está entrelaçado, de maneira que nada é fruto do acaso”. Néstor Luis Cordero

A moral roga que suportemos “estoicamente” os reveses da vida. Mas, no que consiste e por quais linhas se pauta essa escola que surgiu em Atenas, por volta de 310 a.C.?

As bases do estoicismo foram lançadas por Zenão, da cidade de Cítio, no Chipre, que se tornou ouvinte do cínico Crates, discípulo de Diógenes de Sínope (clique aqui e confira o artigo anterior).

Aos poucos, Zenão foi se tornando independente, construindo seu próprio caminho, reunindo-se com seus seguidores em frente a um dos pórticos da ágora.

Na ágora, em Atenas, havia pórticos (grego, stoá) e por Zenão estar sempre por lá, identificaram-no como sendo “o do pórtico”, e de “estoico” (stoikós) os que costumavam acompanhá-lo.

No cinismo de Diógenes, as ideias eram apaixonantes, mas marginais, já as de Zenão caíram no gosto do povo, dos escravos e até dos poderosos porque “(...) o tipo de vida proposto pelo estoicismo não diz respeito à exterioridade do ser humano, mas sim a seu foro íntimo”, afirma o estudioso Néstor Luis Cordero.

Esse universalismo interior ofereceu um norte ao emergente cidadão do cosmos (kosmopolités), pois toda diferença de nacionalidade, de raça e até mesmo de status social é tida como antinatural. 

A identificação com essa escola foi tal, que o estoicismo se propagou pelo Império Romano e prolongou-se por muito tempo.

Segundo Cordero, costuma-se distinguir o estoicismo em três etapas: o período “antigo”, iniciado por Zenão e seus discípulos Cleantes de Asso e Crisipo de Soles; um período “intermediário”, com as figuras de Panécio de Rodes e Possidônio de Apameia; e o período “tardio”, cujos representantes de destaque foram Sêneca, o Imperador Marco Aurélio e o escravo Epiteto.

Algumas respostas ao problema do conhecimento, sobre a realidade das coisas e a conduta a ser seguida já havia sido pensadas por filósofos anteriores, ressalta o autor, mas dependia da habilidade do pensador encontrar um nexo entre domínios tão diversos e complexos.

O estoicismo é a primeira escola filosófica que se apresenta como um sistema (que é um conjunto de respostas relacionadas entre si, que se complementam umas às outras) organizando-se sobre três principais eixos interligados, formando uma unidade: física, ética e lógica.

A filosofia é como um animal: ossos e tendões são a lógica; sangue e carne, a física; e a alma é a ética. Essas três partes se encontram reunidas na máxima que resume a filosofia estoica: “É preciso viver segundo a natureza [phýsis]”.

Para tanto, supõe um conhecimento (do qual se ocupa a física), alcançado de certa maneira (do que se ocupa a lógica) e tudo isso para que vivamos de certo modo, cujas normas sejam ditadas pela ética (terreno da alma).

Notoriamente, o âmbito privilegiado é o da ética (alma) e, prática, a filosofia estoica é um exercício cotidiano, já que “viver segundo a natureza” pressupõe um exercício constante.

Por isso, os estoicos retomam dos cínicos o termo áskesis que é “refinar graças a um exercício” diário, pois, quem deseja os louros deve preparar-se diariamente: “se o ser humano quer ser feliz, deve exercitar-se a todo momento na técnica que consiste em viver segundo a natureza”.

Para eles, somente uma vida segundo a natureza conduz à felicidade, que é o bem supremo. Mas, diferente dos cínicos que propunham um atalho, os estoicos apresentam um programa original.

A convivência social já não é o que costumava ser e Zenão não encontra respostas satisfatórias nem na Academia nem no Liceu, para ele, urge que o ser humano alcance a felicidade, cujas regras devem ser ditadas pela phýsis.

Diz-se que do oráculo, Zenão ouviu: “Toma o aspecto dos mortos” e ele interpretou que deveria estudar os filósofos do passado: “É assim que sua doutrina da natureza recolhe vários elementos dos pensadores pré-socráticos, que interpretavam a phýsis abarcando toda a realidade (em função de certos elementos ou princípios) e que sublinhavam seu caráter material e mesmo vital”.

Como todos os gregos, salienta Cordero, os estoicos defendiam a eternidade da matéria, já que não admitiam a noção de criação: “E como a única entidade éter é a divindade, os estoicos assimilavam deus à natureza”.

A física – estudo da natureza – ensina de que maneira uma substância divina onipresente organiza, controla e dirige o mundo: “(...) a totalidade da realidade é divina” e no materialismo dos estoicos – que é muito especial – estão incluídos também valores, sentimentos e as qualidades morais.

Retomam a definição do que existe e do que não existe proposto por Platão no Sofista e assentam que: “existe aquilo que é capaz de atuar ou de sofrer uma ação”, considerando que a vergonha, por exemplo, é uma emoção: faz-nos enrubescer, ou seja, influencia no corpo, e se influi é porque é material.

Diógenes Laércio postula que: “os princípios de todas as coisas são de dois tipos: o que atua (agente) e o que padece (paciente). O que padece é a matéria; o agente é o lógos que se encontra nela, quer dizer, a centelha divina (deus). Este, que é eterno, modela tudo por intermédio da matéria”. Eis a teoria exposta por Zenão.

Os dois princípios [agente e paciente] são eternos e opostos: limitada, a matéria é passiva, e o lógos, ativo. Quando os dois princípios se unem – pois um ‘fecunda’ o outro (o lógos é chamado espermático ou seminal) –, a realidade que resulta é ativa e passiva ao mesmo tempo.

O lógos, que é divino fecundará a matéria: “O lógos tem um projeto do que pensa fazer, como o carpinteiro tem em mente o plano de sua mesa. O lógos “racionaliza” sua produção, e por esta razão apenas no estoicismo o termo lógos adquire plenamente o sentido de ‘razão’”.

E, como é divino, o universo é fabricado com materiais preexistentes, por uma razão divina. Essa originalidade da teoria estoicista influenciará a doutrina cristã.

Sendo o lógos imanente à matéria, fecunda-a de dentro dela mesma. Eles se inspiram em Heráclito: “(...) o lógos está presente na matéria como um sopro ígneo que, como o fogo do ferreiro, molda a matéria (...)”.

Cordero aponta que Crisipo associará a esse sopro ígneo a noção de pnéuma, “espírito” (noção também adotada pelo cristianismo), que também é material, mesmo que não o enxerguemos, como o vento.

Em maior ou menor grau, o pnéuma-lógos está presente em tudo o que há por “simpatia” (syn+pathós) universal.

O pnéuma, que é o lógos ígneo, vai se misturando com a matéria de forma progressiva e hierárquica: numa rocha (minimamente), nos vegetais (phýsis), nos animais (psyché, princípio de movimento) e nos seres humanos (diánoia, o raciocínio), diz o autor.

Esse universo – “simpatético”, uma vida segundo a natureza – não comporta a dicotomia teoria/práxis, mas presume que a teoria só tem sentido em função da ação prática e que esta supõe uma teoria prévia: “Assim como os médicos têm sempre à mão uma caixa de primeiros socorros para os casos de urgência, deves ter à mão para qualquer ocasião os preceitos que te permitem conhecer as coisas divinas e humanas para atuar em cada caso com a certeza de que há um encadeamento mútuo de todas as coisas”, recomenda Marco Aurélio.

Diferente de Platão, que no Fédon opõe o corpóreo ao racional, no estoicismo a natureza, em seu conjunto é racional (interpenetrada pelo lógos): “Um ser 'natural' é um ser 'naturalmente racional', apto a conhecer”. Cordero afirma que no estoicismo, a busca pela felicidade não conflita com nossas “tendências naturais”.

O imperativo “Viver segundo a natureza” visa a busca racional pela felicidade e significa tomar consciência do estado natural do ser humano, adequando condutas que não violentem nem ponha em perigo esse estado natural.

A moral estoica, diz o autor, constituiu um autêntico inventário de noções que descrevem esse estado natural e o tipo de ações que devem ser realizadas em função do mesmo.

Cícero afirma que o ser vivo tem uma “tendência (ou inclinação) a amar sua natureza, quer dizer, tudo o que é capaz de conservá-la, e a fugir de tudo o que pode destruí-la.”, e o ser humano possui a razão, que é o que rege sua vida natural e permite “julgar, apreciar e valorar tudo o que a natureza oferece”.

Para Cícero, o ser vivo sente-se como em sua casa na natureza, mas não é o homem quem se apropria da natureza, mas a natureza que se apropria do ser humano.

Há noções valiosas (áxios), boas, justamente porque estão de acordo com a natureza (justiça, sabedoria) e não valiosas (anáxios) e más porque são contrárias à natureza (injustiça, loucura).

O senso comum apontará cada uma delas como sendo boa ou má, mas há também a vida, a morte, a saúde, doença, prazer, dor, riqueza e pobreza – indiferentes –, pois “tudo depende do uso que se lhes dê, o que supõe a responsabilidade do sujeito moral”.

Obviamente, alguns são preferíveis enquanto outros são “suprimíveis” e entre os preferíveis, tudo aquilo que é positivo segundo a natureza, diz Cordero, merece o nome de “conveniente”.


Às ações apropriadas, adequadas, estoicos romanos denominaram “officium”, que é uma contração de “opus facio”, “faço o que devo”, afirma o autor. E tudo o que se opõe às ações convenientes é chamado de ‘falta’ (hamárthema), termo que os cristãos transformaram em ‘pecado’.

Ações convenientes que permitem alcançar a excelência ou virtude (areté) são ditas “perfeitas” (kathórtoma) e trazem a presença do bem supremo em cada ser humano, que é o summum da ética estoica: “a excelência é o cume do ser racional enquanto racional”, dizia Diógenes Laércio.

A meta da maioria dos filósofos gregos era atingir a excelência, a consciência daquilo que nos falta: “Quem alcança a excelência ‘possui’ o bem supremo, que é um habitus, uma posse (latim habeo, possuo) que é inalienável. O indivíduo excelente pode estar privado de tudo (liberdade, bens, etc.), mas ninguém pode despojá-lo de seu bem supremo.”.

O sujeito moral estoico sabe escolher, devido à faculdade da phrónesis (prudência, sagacidade) que é o que nos previne contra nosso pior inimigo: as paixões, que, como alerta Diógenes Laércio “é um movimento da alma irracional e contrário à natureza”, pois em vez de nos incitar a viver ‘segundo’ (katá) a natureza, nos leva a atuar ‘contra’ (pará) ela.


Se considerarmos que nossa natureza é ser racional, tudo o que vai ‘contra’ essa faculdade é irracional e prejudicial, pois a alma, em vez de raciocinar, pode muito bem se deixa levar “pelo que se diz” e, por vaidade e ganância, por exemplo, seguindo falsos valores, enreda-se em ciúmes, raiva, mágoas, etc. Esse caráter das paixões será denominado pelos estoicos romanos de “perversio” ou “perturbatio”.

O antídoto contra esse embotamento seria ver as coisas como elas são “o bem reside no bom uso das representações”, diz Epiteto. E Cordero enfatiza: “A origem da paixão é um erro de apreciação, de juízo”.

Como exemplo do engano causado pelas errôneas representações, citam o caso da criança que, não fazendo juízo prévio de um tirano, não o teme, pois não faz ideia do pavor e repulsa que esse causa, como ocorre nos adultos: “É a representação do tirano que te dá medo”.

Antifonte dirá que o mundo se divide entre sábios e ignorantes e que todos nós podemos chegar a ser sábios, caso levemos uma vida de acordo com a natureza.


Quem for capaz de vencer as paixões e viver segundo a razão (ou seja, segundo a “natureza”, que é “racional”) torna-se “sábio” (sophós): “O sábio não é apático (privado de “pathós”, paixão), mas antes imperturbável, já que sabe distinguir entre aquilo que depende de nós e aquilo que escapa ao nosso controle”.

Riqueza, fama ou honras não dependem de nós, mas das circunstâncias, são frágeis; já nossos desejos, tendências e aversões, estão em nossas mãos. Assim, é sábio regularmos nossa vida em função do que depende de nós, sempre mediante uma prévia representação correta das coisas.

Sábio é aceitar o que escapa ao nosso controle, regularmos nossa vida em função do que depende de nós, harmonizando nossa vontade com o que nos acontece, de maneira que nada aconteça apesar de nós, que nada ocorra contra a nossa vontade, diz Epiteto: “A liberdade consiste em aceitar a necessidade cósmica”.

É preciso desejar que ocorra o que vai ocorrer, roga o estoicismo. Os estoicos pensam no destino de modo diferente dos antigos filósofos e poetas trágicos, não é um poder impessoal, mas uma realidade natural, afirma Néstor.

Aulo Gélio, no séc. II escreveria para Crisipo dizendo que “o destino era um certo ordenamento natural e eterno da eternidade, segundo o qual uma das coisas sucedem outras e vão se substituindo, em um entrelaçamento inviolável”.

E Cícero responde que “o destino em questão não é o da superstição, mas sim o da física, causa eterna das coisas, segundo a qual o passado se produziu, o presente se produz e o futuro se produzirá”.

Cordero diz que tudo está relacionado não apenas no espaço, como também no tempo, e somos atores do que ocorrerá, ainda que não o saibamos. Os estoicos apreciavam a adivinhação, que Crisipo dizia ser a capacidade de detectar os sinais que os deuses enviam aos homens.

A escola estoica afirma que uma gota de vinho lançada ao mar modifica sua composição, que somos artífices de tudo o que ocorre no universo, responsáveis pelo equilíbrio (ou desequilíbrio) cósmico.


Referências bibliográficas: Néstor Luis Cordero




Para um maior aprofundamento: Rachel Gazolla



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